Caminhando lentamente cruzo a avenida...
No meio da multidão procuro sentir o seu ruído...
Passos acelerados, passos lentos...
Vozes alteradas, vozes sussurantes...
Corpos frenéticos, corpos ofegantes...
Crianças de colo, crianças segurando a mão de alguém...
Namorados abraçados, idosos que se protegem...
Desperta-me o barulho do semáforo...
Tempo esgotado ,terminou a passagem...
Do outro lado da avenida não sigo meu curso
Paro, espreito a minha volta a nova multidão que surge
A cena se repete, agora no sentido inverso...
Uma sensação de inquietação me invade...
Onde está o silêncio?
Percebo que a urgência faz a corrida...
Que a corrida leva a algum lugar...
Que amanhã a avenida será cruzada novamente...
Inerte, mas servil...
Inerte, mas sensível ...
Inerte , mas testemunho...
A avenida continuará cumprindo o seu papel...
Inerte e alheia ao burburinho da multidão.
Nela está o silêncio que busco.
Identifico-me nesta avenida.
Retomo meu destino .
Escrito por maria claudete
Poetisa Claudete
ResponderExcluirNa realidade uma busca...um silencio para a alma.Um grande abraço
Tudo bem Claudete?
ResponderExcluirGostei realmente do que vi, por aqui.
Seu blog é excelente e eu não o conhecia.
Voltarei mais vezes para detalhadamente poder com calma , ver o que faltou.
Tenho blogs de humor e caso deseje fazer uma visita ficarei muito honrado.
Um abração carioca.
A avenida é sempre a mesma, o borburinho também, mas o que faz a diferença é "tu", minha amiga. Uma "sabedoria ambulante", eu diria... Não é qualquer avenida que tem a oportunidade de se estender para acolher teus passos iluminados. Te amo!
ResponderExcluirSua imaginação flui brilhantemente, parabéns pelo poema. Bjs
ResponderExcluirAry ... acertou em cheio ... mesmo no barulho buscamos sentir o pulsar e o "silêncio". Abraços.
ResponderExcluirPaulo, obrigada pela visita e te adicionei .Abraços.
ResponderExcluirSu, minha querida você é muito generosa, as vezes me sinto mesmo não uma sabedoria ambulante mas um ser que "torna-se invisível", rs, quando quer verdadeiramente "escutar" o seu silêncio. Bjs , te amo também, você sabe!
ResponderExcluirAnita, menina, ultimamente ela tem fluido muito, rs, a imaginação. Será que é prerrogativa da idade? Bjs.
ResponderExcluirSempre devemos seguir nosso destino, afinal se não o seguirmos..ele nos seguirá...
ResponderExcluircomo vai querida? saudades suas!
qual o seu e-mail? queria algumas dicas para colocar no meu blog
bjuxx
olá Shay você sumiu mesmo!!!! meu e-mail é maria_claudetefhb@hotmail.com
ResponderExcluirbeijos
Claudete,boa tarde!
ResponderExcluirEntre os muitos ruídos que nos cerca, entre as tantas urgências que temos de está sempre querendo chegar em algum lugar, paira, lá no fundo da alma, o desejo de entender esta correria por estas avenidas tão movimentadas. Texto muito lindo. Parabéns e boa semana.
obrigada Edith e Feliz Dia da Mulher , que são todos! Bjs.
ResponderExcluirobrigada querida Madrasta , você é um exemplo de como ser uma Nova Mulher. Bjs.
ResponderExcluirque bom voltar aqui....
ResponderExcluirque bom ler voce !
Obrigada Mauricio , que bom que tenhas gostado.
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ResponderExcluirAssim é, Claudete... O eterno vaivém que leva sempre aos mesmos e comuns lugares...
Também preciso muito do silêncio!
Muito lindo esse poema!!!
Beijos de luz e o meu especial carinho...
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Olá poeta linda e amada pessoa nossa,muito obrigado pela ternura contida em comentário em campos meus de girassois!
ResponderExcluirPost esse seu,em cronica poética forma ,me fez sentir melhor pessoa,com o que exalastes!
Viva La Vida!
Oi Claudete
ResponderExcluirVocê é linda
Lindo é o seu sorriso
Lindos são os seus posts
Beijinho doce
Olha Querida..!!!
ResponderExcluirTenho que confessar que também me identifico nessa "Avenida"...
Grande Abraço, ótimo escrito.
Porque viver é atravessar as avenidas, até o fim. Abraços
ResponderExcluirCara Zélia (Mundo Azul) , é incrível como o que sentimos ao escrever é compartilhado e enriquecido ...obrigada...Abraços.
ResponderExcluirCaro Ricardo privar de sua companhia será sempre um prazer, além do que somente nos sentimos enriquecidos com esta troca de informações .Abraços.
ResponderExcluirObrigada Eduardo , linda é sua maneira de enxergar a alma das pessoas.
ResponderExcluirPrezado Fulvio agora tenho mais disponibilidade de visitar os blogs amigos, o seu é um deles onde literalmente navego nas ondas dos seus escritos. Obrigada pelo seu comentário.
ResponderExcluirPrezada Mai , encantada em conhecê-la e receber sua visita, a blogosfera nos traz surpresas agradáveis, você é uma delas. grata por sua gentileza.
ResponderExcluirPor vezes, no meio de tanta gente que não conhecemos,
ResponderExcluiré quando melhor nos encontramos a nós mesmos.
Beijoca
com certeza é neste momento que o silêncio cala fundo em nós e não existe mais multidão apenas nosso eu interior...
ResponderExcluirUm passeio de saber floresce nesse teu olhar poético que faz as travessias. Essas travessias, essas avenidas, em outras metáforas, parecem indiferentes a nós que navegamos por elas... Só um momento interior para perceber esse complexo Ir, onde tudo vai, onde somos levados... É importante esta tua parada pra "ver"....Adorei.
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