foto arquivo pessoal: Piaçabuçu-AL
Muita coisa
aconteceu
Por onde começar a
narrativa
Meus comandos nada
determinam
Que me aprisiona
Que me rende
Que me consome?
Por que tantas
indagações...
Se o que me tolhe
Se o que me
cerceia
Salta pululante
diante de mim?
Olhos atentos
Expectantes e
vorazes
Estão à
espreita...
Como se fora um
ensaio macabro.
Frutos do
inimaginável?
Figuras
contorcidas e disformes?
Alegorias fantasmagóricas?
Apenas uma certeza
Neste espelho não
há luz refletida
Não há rio onde
pode correr água
Não existem flores
Não há espaço para
o vento
Penetrar neste
insondável mundo
Faz-se necessário
Como admirar a
pureza do belo
Como vivenciar a
essência do Amor
Se não compararmos
estes dois mundo
Tão reais,
manipulados e convergentes?
Ó conflitante e
atribulada vida
Ó doce e benfazeja
amada
Que teus caminhos
sejam percorridos
Que ervas daninhas
arrancadas
Deem lugar às
flores...
Que amores sobrepujem as dores
Que finalmente
encontremos nossa morada.
Escrito por Maria Claudete
22/04/2013