foto arquivo pessoal
““ Poderia ter
colocado ao término do título da postagem uma reticência, afinal, sempre na
vida nos posicionamos no paradigma;” um raio não cai duas vezes no mesmo
lugar”.
Os que me conhecem de perto sabem
que sou resistente e intempestiva
diante de assaltos ou coerção física .
Há exatos 10 anos após um assalto , mesmo com uma arma apontada para
minha cabeça , eu dentro do carro permaneci
chamei por Deus e desmaie sobre o volante . Saí ilesa, mas
bastante repreendida pelo Delegado quando
fui fazer o B.O.
Entendo que diante de fatos que se desenrolaram em seguida, Deus havia
me dado uma chance de continuar aqui, pois minha missão ainda não havia terminado.
Pois bem, no dia 30 de maio às 22:40h , após chegar do Centro de
Evangelização Damas onde participava do
Terço Mariano, fui apanhar minha filha que faz Faculdade em Recife , numa
parada de ônibus em frente à Faculdade de Odontologia de Pernambuco ,
localizada perpendicular à Rua onde moramos.
Como há 20 dias havia ocorrido um
assalto nas imediações, à noite , redobrei
minha atenção e cautela. Só que a agressão não veio de um assaltante e sim de
um desvairado que em alta velocidade cortando os carros à sua frente entrou na
contramão em minha direção ,
simplesmente lembro que, literalmente,
paralisei!
As luzes altas dos faróis me ofuscaram, recordo que mentalmente pedia que aquele louco parasse , eu não podia
me deslocar para o lado direito , automóveis
vinham atrás , neste horário é
intenso o tráfego de veículos pela volta à Aldeia de Universitários e pessoas
que trabalham em Recife.
Chamei por Deus e ele me atendeu,
o antagonista conseguiu parar o carro
quase em frente ao meu , deu ré de imediato para pegar o outro lado da pista
sendo quase atingido por carros que trafegavam na faixa.
No momento não senti nada, foi tudo tão rápido... Apenas não consegui
dormir direito, não pelo ocorrido, mas refletindo como são preciosos cada
minuto da nossa vida, como tudo é efêmero, como nos preocupamos à toa com
coisas irrelevantes e, sobretudo, como somos dependentes do outro.
Com certeza não sou mais a mesma
, sei que se recebi esta nova chance de viver é porque algo mais ainda tenho
que realizar , na minha família no meu entorno
. Ser mais amor, ser grata pela misericórdia gratuita de nosso Deus - “ Pedi e recebereis”- para que esta e
outras graças aconteçam na nossa vida teremos que estar disponíveis .
Somente estamos habilitados
quando temos a humildade de
assumirmos as nossas limitações e seguirmos as regras impostas pela sociedade
e por Deus .
É exatamente a permissividade nas transgressões que geram
comportamentos inequívocos e agressivos
como o do condutor do carro que quase , por pouco, não me atingiu. Oremos por
ele e por tantos outros fora da lei dos homens e de Deus.
Obrigada meu Deus por me dares esta Nova Chance!
Escrito por Maria Claudete
F.H.Batista