Ontem numa câmara enclausurada.
Ontem apreensiva e angustiada.
Apreensão pelo desconhecido...
Angustiada pela espera do inusitado.
Coração acelerado... Quando se pedia silêncio.
Contrações musculares involuntárias...
Quando se exigia ausência de movimentos.
Enfim gota a gota pelas veias...
Circula lentamente o agente marcador.
A câmara de fecha e começa a mover-se...
Precisão matemática... Giro fascinante.
Suor e medo misturam-se sem pudor.
A respiração antes ofegante...
Respiração agora quase inaudível.
Uma sensação nunca d’antes vivida.
Descobre-se um ser claustrofóbico.
Antes temente da multidão...
Naquela situação temente da ausência.
Hoje despudoradamente temente da solidão.
Poema iniciado em 2006 concluído em 2012-03-27 por
Maria claudete