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11 fevereiro 2014

O Que Mudou?






Hoje       
O pássaro já não se ouve como antes.
O céu já não é o mesmo.
O sol parece morno.
As nuvens não se revelam em  figuras.
O amanhecer parece sombrio.
Os ruídos da natureza parecem emudecidos.
O que mudou?
Nada... Tudo permanece o mesmo.
Apenas a angustia que invade meu ser...
Atroz, penetrante, reveladora.
O  que se sobrepõe  à razão .
O que dilacera o coração.
Ecoa fazendo ressonância.
Assim caminhamos todos...
À mercê do flagelo do mundo.
Reféns dos atos impuros impostos.
Somente transmutando-nos em luz.
Seremos redimidos por um coração  puro.

Escrito por Maria Claudete  F.H.Batista





28 janeiro 2013

Um Domingo Revelador...


                                        Foliões das Virgens de Olinda (foto arquivo pessoal)

                                                                           Modorrenta tarde de domingo...
Como? Pois se ontem  à tarde a folia corria solta pelas ladeiras de Olinda?
                     É ,mas  onde estava o entusiasmo? Descendo de ladeira abaixo... Escorregadio
Claudicante e cansativo.
                      Nem bem chegados, já pensávamos na volta. Mesmo em meio à multidão colorida
e entusiasmada que se contorcia em gingas e passos para acompanhar os eletrizantes Trios Elétricos importados da Bahia, conseguíamos ser contagiados.
                       O esforço despendido para chegar à casa do amigo que nos intimou a ,da varanda do primeiro andar da sua casa, ver todo o desfile dos blocos e troças deu-nos o xeque-mate da exaustão.
                      Comida farta, bebidas geladíssimas, conforto da magnífica visão de tudo não foi o suficiente... Amenizou, mas não estimulou.
                      Enfrentar o caminho da volta  para casa, eis a questão!
Agora à imensa multidão associava-se um sol escandalosamente escaldante! Percorremos um percurso de 2 km até encontrarmos um táxi que nos levasse de volta ao paraíso: Nossa casa!
                      Ledo engano... Na Avenida Caxangá, próximo ao Caxangá Golf Clube, um engarrafamento gigantesco decorrente de um grave acidente, nos deixava  sem condições de continuarmos o percurso .
                        Haja voltas e  malabarismo do taxista para encontrar outras alternativas...Enfim após muitas variantes conseguimos chegar ao “Lar Doce Lar”.
                         Moral máxima a ser tirada desta história verídica: carnaval para os da Meia  Idade é  em local onde possa locomover-se sem preocupação, por esta razão  obedecer aos nossos limites é fundamental, afinal diversão nunca deve ser motivo de sofrimento e sim de alegria.
                        Com certeza esta  experiência...Nunca mais!   

Escrito por Maria claudete                 


13 junho 2012

Retomar A Veste





O passado retorna de forma retumbante...
Não se contenta em simplesmente surgir.
O passado que antes se julgava esquecido...
Mostra suas garras nefastas e ataca.
A coragem adquirida no transcorrer do tempo...
Tremula vacilante e atrofia-se diante dos algozes.
Pensava  no jazigo a menina de 12 anos ...
Eis que ressurge  na moça  que se entende adulta.
Aos temores, à ansiedade mesclam-se os  devaneios...
Diante de olhos e mentes sagazes.
Coexistem digladiadores o medo e o tempo...
Pobre menina ressuscitada.
Como retomar sua real identidade...
Desmoronam-se suas certezas.
À razão carcomida pela exiguidade do tempo
Somam-se agressões e estupores.
Trilhando por esta nova estrada
Claudicante e entorpecida  desfaz-se da menina
Certeza... Apenas uma...
A moça agora sabe... A menina por hoje basta!

Poema escrito por Maria Claudete em 13/06/2012


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