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15 dezembro 2012

III BLOGAGEM COLETIVA DE NATAL


BLOGAGEM COLETIVA  DE NATAL



ALEGRIAS  DE NATAL

                           
  

                            Agradeço à amiga Rosélia pelo convite, na verdade pegou-me em um momento de tristeza, como devemos sempre estar atentos aos convites que Deus nos faz  compreendi e absorvi o “recado” do amigo divino.
                           Remexendo no Baú de minhas recordações vislumbrei muitas alegrias de Natal vividas, entretanto as que permearam minha infância e adolescência  deixaram marcas indeléveis que nortearam atitudes da minha vida presente.
                           Resgatar nossos momentos de alegrias vivenciadas é atestar para o embasamento do agora o que foi construtivo no passado.
                           Vejo-me criança... Ansiosa esperava que mamãe terminasse de costurar o meu vestido e o da minha irmã... Era nossa
1ªComunhão!

legenda: na parte superior Eu e ao lado minha irmã mais nova (Maria Tereza)
                 na parte inferior , juntas no altar, Maria Tereza e eu). Ao lado minhas 
                 duas sobrinhas , Indhira e Geovana( no tempo delas os trajes mudaram).
                 Ambas  já são mães, cristãs e com lindos e bem encaminhados filhos na vida,                        
                 engajados nos movimentos da Igreja Católica.








                            Neste dia o interior onde morávamos, zona rural de uma cidade canavieira, vestia-se de festa, tudo era motivo de felicidade: as meninas vestidas de longos vestidos brancos, uns de renda outros de organdi, traziam na cabeça  arranjos de flores , nas mãos enluvadas o catecismo de capa madrepérola.

                           A alegria de receber Jesus pela primeira vez, foi importante  para minha fidelidade cristã.
                            Interiormente compreendíamos a importância daquele momento, mas também a forma festiva como era celebrada a ocasião   após a cerimônia com bolos , pães, leite, café , doces pra todos os comungantes e respectivas famílias e convidados  selava o compromisso  estabelecido por cada um de nós .
                                      Esta Alegria de Natal foi marcante!
                           Como esquecer as inúmeras  vezes em que fui o Anjinho que ficava das  dez à meia noite ,hora da Missa do Galo, sentada bem quietinha  , no telhado da lapinha onde se encontrava representado por pessoas do lugar o Presépio vivo do Nascimento de Jesus?
                           Enchia-me de Alegria participar deste ato !
                         legenda: esta representação de um Presépio deNatal é para mostrar como no Presépio Vivo ficava a  localização das pessoas, como Anjinho, ficava sentada no topo da Lapinha , que era erguida em frente à casa dos Usineiro Lael  e Edla Sampaio , pessoas religiosas e caridosas, eles eram meus padrinhos.Lembro que havia um grande Flamboyan  que ela carregava de presentes para serem distribuidos com as crianças filhas dos operários e funcionários , era uma felicidade imensa para a criançada...Ajudei a embrulhar muitos  deles e foi num destes natais que recebi o meu brinquedo favorito : o Juarez ( meu boneco de pano gigante)!            

                    Quando terminava a Missa do Galo era chegada a hora de passear com as amiguinhas pelos locais da festa onde armavam o Parque de Diversões: carrossel, barcos que literalmente “voavam” impulsionados  de um lado ao outro, sombrinha  ( não sei se ainda existe este brinquedo) era o único que não  me dava medo!
                   Como não lembrar a alegria que dava de jogar argolas, atirar no alvo, para resgatar brindes? Quase nunca acertava, mas ficava feliz.
                   A menina cresceu  e a maior alegria era voltar para casa no Natal, reencontrar a família , os amigos e mostrar ao namorado ou novo amigo  as belezas do lugar e suas tradições.
                   Era no dia de Natal que os amigos se reuniam  para tocar violão, cantar, relembrar a infância  e pensar no futuro de cada um , alguns destes perderam-se no tempo, talvez não estejam mais entre
nós ...Dambinha, Célia, Ivan, Mariza, Carlos, Lau, Beata, Darcy, Adrina,
Lia Calou, Lili e tantos outros que  me fogem à memória...Por onde andam vocês... Pelo menos aqui, agora estão resgatados como pessoas
que  me trouxeram grandes Alegrias de Natal! As mais importantes, pois me tornaram o que sou hoje... Solidária e amiga, feliz com a felicidade de seus amigos!
                    Jesus , nosso maior e melhor amigo,nos quer felizes,
Façamos também a alegria dele neste Natal: vamos aderir incondicionalmente  a Ele na figura de nosso irmão.


                                FELIZ NATAL!

Escrito por Maria Claudete F.H.Batista

24 maio 2011

Claudicando...

Eu e o Palhaço...No túnel do tempo...





Um misto de ternura e bondade me invade...


Na porta entreaberta pelo vento uma sombra.


Sombra lenta e claudicante...


Claudicante como os passos de uma criança.


Criança que se perdeu no tempo passado...


Passado que se torna agora presente


Nos anseios infinitos de uma busca incoerente.


Por onde andam as ilusões perdidas?


Como trazê-las ao agora e torná-las vicejantes?


Debato-me na própria imagem vislumbrada...


Reflexo do que parecia ser naquele instante...


Um ser a claudicar ao sabor do vento e do tempo.






Texto da Autoria de Maria Claudete F.H.Batista
Plágio é Crime!

17 maio 2011

Um Amor e o Perfume...

"Não sei se a ponte ainda existe...não sei se é a mesma da minha adolescência , mas sei que armazenei muitos sonhos nesta travessia. "

                           O modo como ele olhou-a  pela primeira vez deu-lhe arrepios...Medo?
                           Começava assim uma história que parecia  de amor entre duas criaturas  que acabavam de se conhecer.
                           Era uma tarde de São João.
Eram seis horas da noite... Nas pequenas casas  do lugarejo o chefe da
Família acendia suas fogueiras.
                            Era uma tradição. Esperar que a fogueira
Queimasse em fortes labaredas era indicativo de que todos da casa estariam vivos no próximo ano.
                             O moço não era daquele lugar, estava de passagem  por lá. Era alto, loiro, de olhos azuis, seu nome era engraçado, Benjamim.
                              Era um fazendeiro bem sucedido, possuía também uma frota de caminhões Mercedes Benz. Um bom partido para uma mocinha do interior. Veio para causar disputa entre as meninas e hostilidade entre os  rapazes.
                               Beja era assim que todas o chamavam tornou-se a sensação do momento, hospedava-se no pequeno Hotel , por dois ou três dias e  retornava a cada 15 dias.
                               Quem seria a felizarda a namorá-lo? Era o assunto do dia. ELe escolheu a mais recatada , para surpresa de todos.  Foi educado e cavalheiro pediu aos pais da moça para namorá-la em casa.
                                A mocinha encantou-se, tinha apenas 17 anos e ele 37. Deixou-se levar pela vaidade, gostava de ser cortejada, da delicadeza dele que mal a tocava parecia que ela  era de porcelana ...
                                Meses depois ele rouba-lhe um beijo na boca  e pede para ser seu noivo e marcar a data do casamento ...Tudo muito rápido  .
                                  Era como se de  repente a cegueira involuntária tivesse sido desfeita   ...Ela disse não   para desgosto da sua família.
                               Para ela o beijo a “desencantou” trouxe-lhe de volta ao mundo que queria para si, diferente daquele oferecido. Ele se foi, triste abatido e decepcionado. Pouco tempo depois se soube que havia reatado um noivado antigo e casado.
                                Dele restou apenas a lembrança do perfume que usava –Bois Blanc- Muitos anos depois o reencontro, ela não o reconheceu, ele sim. Apenas lembrava-se daquele cheiro... Soube naquele dia que ele a amava  e que nunca a havia esquecido.
                                 Ela não soube o que dizer, no seu íntimo tinha apenas uma certeza  pelo menos nesta vida havia despertado um amor puro e desinteressado  em alguém .
                                Nunca mais se encontraram apenas o perfume de Bois Blanc continuou parado no ar...

Escrito por Maria Claudete
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