obs: um bolo com duas velas simbólicas , um bolo com uma vela humana representando todo carinho e ternura de um amigo da minha filha.
O Vias Percorridas completou três anos no dia 12/03, não poderia esquecer , entretanto como fiquei impossibilitada de acessar normalmente a internet, hoje em respeito ao que acredito e ao que me propus desde o começo, não poderia deixar a data passar em branco.
Reafirmo: ter um Blog foi fundamental para meu crescimento interior e forma de estabelecer novas interrelações de amizade . Quero com esta poucas palavras dizer muito do que tudo isto representa, posso ser minimalista no vernáculo , mas sinto-me grandiosa no carinho que tenho por todos que aqui passaram. Espero no próximo ano ainda estar aqui com vocês, compartilhando emoções, interagindo de forma positiva e navegando nesta estrada que me fascina ao encontro da poesia , contos e crônicas que somente enriquecem e mostram como somos um universo paralelo em expansão gradual e constante.
O Vias Percorridas agradece refletindo:
Se Eu Soubesse....
Quantos momentos na vida, se são possíveis contá-los, repetimos como um mantra esta frase-“se eu soubesse”... A questão é: alguma coisa teria mudado?
Refletindo sobre isto, contemplando o instante que o presente proporciona e comparando com o passado vivido, não consigo encontrar respostas plausíveis para tão
claudicante frase, em todas as situações.
Naquelas em que a razão conseguiu sobrepor-se se justificou plenamente; em
outras em que buscou-se apenas uma justificativa para inércia que tolhe a capacidade
de pensar e agir , caiu como uma luva.
Afinal somos o que pensamos o que fazemos ou meros marionetes movidos
por nossos instintos de defesa e preservação de nós mesmos?
Despojar-se de si mesmo, esvaziar-se são recursos que aprendi há tempos atrás, em uma Oficina de Oração. O propósito era através da Oração de Elevação
encontrar a Paz e , estabelecer, uma perfeita harmonia entre o ser físico e o ser espiritual.
Por alguns instantes eu consegui, mas tive medo, sabem por quê? Eu não
queria mais sair daquele momento de puro êxtase...
Eu precisava voltar ao mundo real onde o cotidiano com todas suas tintas e pincéis me esperava para produzir meus “quadros” e dar a eles as cores que me proporcionasse e aos outros prosseguir na caminhada.
Eu soube a partir daquela experiência que não caberia mais na minha vida o “se eu soubesse” como omissão, e sim afirmação racional justificada pelo impossível de ser feito, quando tudo se tentou.
Se eu soubesse não teria levado tantos anos para voltar a buscar esta alternativa de captar energia transformadora para a minha vida.
Agora eu sei!
escrito por Maria Claudete F.H Batista
p.s. publicado em 2008 no Blog da Claudete