O passado retorna de forma retumbante...
Não se contenta em simplesmente surgir.
O passado que antes se julgava esquecido...
Mostra suas garras nefastas e ataca.
A coragem adquirida no transcorrer do tempo...
Tremula vacilante e atrofia-se diante dos algozes.
Pensava no jazigo a
menina de 12 anos ...
Eis que ressurge na
moça que se entende adulta.
Aos temores, à ansiedade mesclam-se os devaneios...
Diante de olhos e mentes sagazes.
Coexistem digladiadores o medo e o tempo...
Pobre menina ressuscitada.
Como retomar sua real identidade...
Desmoronam-se suas certezas.
À razão carcomida pela exiguidade do tempo
Somam-se agressões e estupores.
Trilhando por esta nova estrada
Claudicante e entorpecida
desfaz-se da menina
Certeza... Apenas uma...
A moça agora sabe... A menina por hoje basta!
Poema escrito por Maria Claudete em 13/06/2012