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07 outubro 2013

Criança... Se um dia fui.



                             No último sábado decidi, espontaneamente, ir a um Geriatra.
Surpreendi-me com uma coerente explicação – “Geriatra não é médico de idoso” e
Sim “de todo aquele quando  para de crescer”, ou seja, desde a juventude convém fazer a prevenção.
                            Durante a anamnese, deparei-me com um profissional que faz uma consulta em quase duas horas, raro nos dias atuais, talvez vocês estejam conjecturando, afinal eu teria muitas histórias para contar... Poderia até ser, mas com minha “língua solta” ficou possível ao Geriatra traçar o meu perfil  e estabelecer um diagnóstico.
                            Enxerguei na mulher de hoje a criança e jovem de outrora, numa velocidade tão intensa, sem intervalos de uma fase para a outra, que fui comparada a um “disco que roda alucinadamente sem parar”.( sic Geriatra).
                            Constatei que  sempre fui assim, desde criança , vivia antecipadamente a fase subsequente,mergulhava de cabeça nos problemas adultos e dava “pitacos” em tudo.
                             Talvez  tenha declinado de viver como  uma criança “normal”...Sem olhares críticos , sem sofrimentos adultos , sem cargas emocionais , sem cobranças .
                              A precocidade, taxada por vezes de inteligência acima dos demais, sem levar em consideração o excesso de informações que minha cabecinha infantil recebia faz-me, nos dias de hoje, perceber que não vivi plenamente a fase de criança.
                              Como consequência já chegou à fase da juventude, adulta e totalmente responsável. Foi bom? Não sei responder... De criança só recordo poucos momentos de brincadeiras e jogos, de apenas um boneco, o Juarez, como também de ter sido Anjinho de Lapinha de Natal, por ser branquinha.
                               De acordo com o Geriatra, a memória recente nos idosos, quando comparada à passada, perde para esta, talvez isto justifique a minha facilidade de falar sobre o que vivi... os clarões imensos que parecem inundar o cérebro ,de tão “vivas” as lembranças!
                             Considerando o que a maioria define como ter sido a vida em criança, questiono-me: - Se fui criança um dia? Não sei, a única certeza é que à minha maneira fui feliz!                        


                              
                              Escrito por Maria Claudete F.H.Batista

24 janeiro 2011

Tarde Feliz !

                            



                            São, exatamente, 16h42min   de uma bela tarde vislumbrada através dos janelões, que circundam toda a sala onde estou, diante da tela do computador.
                           Estou me sentido descansada, calma e por que não dizer? Feliz!
Olho para fora e fico extasiada, como se fosse a primeira vez.
                            No céu, nuvens, ainda refletindo a claridade do sol que já está declinando no horizonte, se alternam com outras sombreadas, levemente escurecidas.
                            O contraste do verde da mata atlântica, com a linha do horizonte 
é  tão intenso  e majestoso, que  esqueço que estou no Nordeste , a poucos quilômetros  do tórrido e seco sertão nordestino.
                            Não vou deixar que “nuvens escuras “ boicotem este meu  instante!
Fico a pensar, como a resolução de pequenas coisas, colocadas em seus devidos lugares, podem nos deixar leve, livre e solto.
                            A organização, sem extremismo, o respeito ao limite do outro, o silêncio quando a palavra não se faz necessária, a escuta do chamado, a resposta pertinente, a solução dos problemas adiados, o sentir-se útil, entre tantas outras variantes, transitaram ordenadamente no meu dia de hoje.
                            Nesta caminhada a estrada fica mais aberta, menos pedregosa e com menos arbustos daninhos, então se descobre que é tendo sensibilidade para  derrubar os obstáculos interpostos, que ocorre a abertura de espaços, para continuar o  mágico desafio de viver! E viver plenamente.
                            
                             Olhando a Natureza, vejo Deus, parece pouco o que escrevi, mas já são exatamente 17h32min , é o milagre do tempo que corre associado à meditação da beleza  que contemplo.
                            Meus olhos físicos são os mesmos, mas os olhos da alma  seguiram
a pureza das intenções contidas na razão  .
                            Só assim  enxergamos o belo!

(Escrito por Maria Claudete , em momento de reflexão)
 OBS: A casinha ao alto é de onde vislumbro o horizonte.

obs: esta postagem foi feita por mim no Blog da Claudete em 27 de janeiro de 2008.  Após três (3) anos  vejo que meus sentimentos e aspirações continuam os mesmos, graças a Deus!
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