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24 junho 2011

Os Hóspedes...




Ainda era dia... Fazia-se luz perto de mim
Por alguns instantes um cansaço invadiu-me
Não eram somente as pernas doloridas e pesadas
Um torpor por inteiro tomava conta de mim.
Passos trôpegos e rastejantes  pareciam ser meus
Duvidava que fossem, mas  a letargia me dominava
Alcancei  o leito macio e convidativo
Em segundos num sono profundo mergulhei.
O despertar foi consciente, o corpo descansado.
Os hóspedes reais  já haviam partido.
Um leve calafrio percorre-me,
Os  visitantes imaginários  sorriam para mim.
A sensação de vazio pelas partidas não existia
Estava preenchida pela essência dos que foram.
Deixaram impregnada a energia do Bem .
O entardecer prenunciava a vinda da noite
Adentrei na magia deste encantamento.
Deixei-me levitar por um momento.
Já era noite... Fazia-se luz perto de mim.

Autoria de Maria Claudete F.H.Batista


03 julho 2010

Perfume Etéreo


Perfume Etéreo...





Situação bem rotineira.Voltando do trabalho.
Chegada bem vinda ao lar.
Preparar o jantar leve.
Arrumar a mesa.
Um olho no fogão,
O outro no noticiário,
Clima não passível de elucubrações.
Acontece o inusitado,
Para a maioria, não para mim.
Um perfume de rosas paira no ar
Não provinha de ninguém...
Improvável, para a maioria,
Não para mim.
O olor se faz mais intenso,
Procuro de onde vem...
Só sei que uma imensa paz me invade,
Preenche todos os sentidos.
Flutuo nesta sensação
Misto de prazer e solidão.
Desloco-me para outro espaço.
Por alguns instantes sinto-me seguida...
A tranqüilidade transmitida continua,
O perfume se dissipa
Seria ilusão? Não importa...
Das brumas do silêncio
Germinou a mansidão.


Escrito por Maria Claudete

24 março 2010

Trevas e Luz

Rua da Austrália (Foto Jamal)



( Júlio Ledo)








Mesmo que eu quisesse conseguiria me libertar?



Um sentimento de impotência acoplada à debilidade física



Corrói-me o corpo e fragiliza minha alma.



Amigos debatendo-se entre a vida esmaecida



Amigos contrapondo-se à razão do existir



Amigos mutilados pela própria incoerência



Amigos suplicantes de amor e compreensão



Nau que navega no mar azul perdendo-se no horizonte



Nau dos desesperados onde sem timoneiro segue sem rumo.



Quero assumir, como posso, o controle



No âmago busco força, na oração encontro alento



Na identificação dos elementos assumo o navegar



No fim do dia exaustivo encontro a compensação



Revendo ensinamentos , preenchendo as lacunas



A cada amigo vou da palavra à ação



Não são super poderes tão somente a magia do amor



Mesclado pela compaixão e certeza da troca



Instala-se a simbiose e restaura-se o feed-back



Por este dia, um de cada vez



Potencializa-se a liberdade.






Escrito por Maria Claudete

23 setembro 2009

A Amizade e O Vento



A brisa suave e amena sopra na minha face

Curvo-me diante do inusitado

Por acaso o tempo não estava sombrio?

De onde será que vem esta sensação de afago?

Caminho lentamente no tempo...

Caminho para frente ...

Mas não consigo deixar de olhar para trás...

No giro da cabeça física

Levo a convergência da alma

Corpo e espírito se fundem

Tentam e conseguem olhar na mesma direção

Já não existe via sem rumo

A solidão encontrou abrigo

Novos amigos reluzem

O brilho da Amizade renova-se como o vento

Sopra com intensidade mas transforma-se ...

És tu , ó suave brisa

Na amplitude do teu langor

A induzir-me a percorrer mais uma via

Com mais amor e mais alento.

Escrito por Maria claudete

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