02 agosto 2009

Resgatando Um Velho Ditado


Resgatando um Velho ditado

Nunca digas “deste pão não comerei, desta água não beberei”

Não sei de quem é a frase, mas dependendo das circunstâncias vê-se o quanto é correta esta afirmativa. Imagine um dia agitado, um trânsito caótico, e você

diante de uma agenda tulmutuada variando desde consultas médicas a velório , a cabeça a mil .

De repente você se depara com um acesso fácil no tráfego e nem

lembra que “esmola grande, cego desconfia”, e segue em frente.

Na tua espreita, escondidos, estão dois guardas vestidos de azul. Não esperam nem teu carro parar totalmente e um deles já vem com “suas armas em punho”: bloco de notas, caneta e tabuleta. Gentilmente você abaixa o vidro do carro e tem inicio ai dois pecados graves, o da autoridade que deveria aplicar a multa e o do motorista que acede ao suborno explicito.

Um dos guardas de azul pede ao suposto infrator que atravesse a avenida, estacione e o aguarde. Na expectativa o condutor poderia ter se evadido, mas

como ignorava qual era seu delito resolveu esperar e analisar o local onde estava , surpresa! Estava num local proibido, identificado por uma imensa e visível placa de

advertência.

O guarda de azul chega , pede os documentos e começa o lenga-lenga de perguntas e justificativas ilógicas onde o que se vislumbrava era toda uma encenação cuja finalidade óbvia era a propina.

Este é o nosso País, estes somos nós em sua maioria. A suposta primeira infração teria o argumento da defesa por não haver visibilidade da proibição, a segunda

nem tanto . A questão é : de qualquer forma o motorista estaria encurralado .

Sem nenhum pudor o guarda pede qualquer coisa para “aliviar” a multa. E o nosso amigo constrangido cede, pagar aquela “multa” , após tantos “assaltos”a que foi submetido durante 06 meses de impostos e obrigações sociais, agora que começava a suspirar , era demais!

É assim que se constroem novos paradigmas e se sacramentam os atos de corrupção.

Meu amigo teve um dia infeliz e dividiu com outras pessoas o peso da situação de como está difícil continuar sendo honesto quando se é coagido a falhar.

Sinceramente é muito fácil dizer que não deveria ter cedido , mandar o guarda cumprir sua obrigação, receber outra multa por desacato “à autoridade” , mais outra por estacionar em local proibido, assinar a papeleta , mas exigir as credenciais do

dito cujo e botar a boca no trombone!

A PERGUNTA QUE NÃO CALA: surtiria algum efeito? Raciocinemos...

qual desespero os teria levado a praticar este tipo de extorsão?

Fica em aberto esta problemática de uma prática que está se tornando constante e omitida por nossa sociedade. Ao conversarmos em grupos pequenos sempre tem alguém que passou pela situação onde se ponderou que cada caso exige um tratamento diferenciado.

Isto dá medo... Estamos colaborando para que se dissemine a prática de “um peso e duas medidas” cada vez mais...

Escrito por Maria Claudete

2 comentários:

  1. Um belo sortido de provérbios.

    Eu utilizo-os muito.

    Aí vai um, que não sei se conhece:

    Mal por mal
    mais vale na cadeia
    que no hospital.

    E outro:

    Quando a força é desigual
    mais vale fugir
    que ficar mal...

    ResponderExcluir
  2. E a tendência, creio eu é piorar, afinal, a cada dia mais e mais os exemplos vindos "de cima" deixam mais a desejar, sempre aliados, claro, à impunidade que passeia pelos corredores de nosso senado a passadas largas.
    Enfim, mais um reflexo negativo e cá entre nós, assimilado facilmente pela massa.

    É isso aí.
    Bjs e ótimo fds.

    ResponderExcluir

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